sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Escada da Riqueza


Na carreira de Empresário, depois do degrau do empregado e do auto-emprego, segue-se o degrau do Gestor. A fase do Gestor começa quando contratamos os nossos primeiros colaboradores.
Contratar colaboradores, cria a ilusão de que a vida empresarial se tornará mais fácil a partir desse momento. Por regra, descobre-se, muito rapidamente, que nada poderia estar mais longe da verdade. Quando o Empreendedor contrata o seu primeiro empregado, passa a ter de controlar o trabalho de um terceiro e de resolver aquilo que este não faz bem, continuando a desempenhar as suas próprias tarefas. O que normalmente acontece é que, à medida que vamos contratando outras pessoas, vamos trabalhando cada vez mais horas.
Há uma série de convicções que parecem comuns a grande parte dos pequenos Empresários e que os afastam do sucesso e, consequentemente, da possibilidade de deixarem de ser pequenos.
Uma dessas convicções é a confusão entre a noção de dimensão e a de sucesso. Grande parte dos Empreendedores parece medir o seu nível de sucesso pelo número de pessoas que trabalha para si. Outros medem-no pelo seu volume de vendas. Estas convicções desviam do que realmente é importante: Criar riqueza = o lucro. Muitas empresas crescem, até se tornarem vítimas do seu próprio crescimento.
Outra, das convicções comuns aos Empresários é a de que ninguém é tão bom quanto eles próprios. Na maior parte dos casos, isso acaba por ser verdade, não porque sejam fantásticos e/ou insubstituíveis mas, principalmente, porque as suas organizações não permitem que os Colaboradores cresçam a ponto de poder assumir determinadas responsabilidades. Normalmente o Empresário, na fase do Gestor, gosta acima de tudo, de ter o controlo, de mandar. A sua relação com os seus colaboradores torna-se perniciosa. A sua mentalidade constrói-se sobre a ideia de controlar os empregados, por oposição a liderar a equipa. Ou uma variante desta última convicção é a de que não conseguem encontrar bons colaboradores. De facto, isso torna-se, também verdade; não porque não haja pessoas de qualidade, mas porque falha-se no seu recrutamento, selecção, integração e treino. Quando temos boas empresas, os bons empregados querem vir trabalhar connosco. Quando somos bons líderes, as nossas equipas têm bons resultados e estão motivadas. Quando estamos preparados para recrutar as pessoas certas para os lugares certos, e proporcionar-lhes o ambiente de que elas necessitam para terem bons desempenhos, é isso que acaba por acontecer.

Paulo Mendes
Executive & Business Coach

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